Cárcere de mãe e filha na Grande Curitiba: vídeo mostra momento em que suspeito entrou no prédio das vítimas
15/07/2025
(Foto: Reprodução) Suspeito de manter mãe e filha em cárcere foi filmado entrando no prédio
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Glauber Granda Severinho, suspeito de manter mãe e filha em cárcere privado, acessa o condomínio onde o crime aconteceu. O caso foi em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Assista acima.
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Segundo a Polícia Civil (PC-PR), Glauber morou no prédio em 2023 e ainda possuía uma tag — dispositivo usado para destravar portas eletrônicas — que permitiu que ele entrasse no local sem levantar suspeitas.
O crime aconteceu na manhã de quinta-feira (11), e as vítimas foram resgatadas dois dias depois, no sábado (12), após um vizinho encontrar bilhetes escritos por elas pedindo socorro.
Segundo o delegado Gustavo Pinho, Glauber conseguiu entrar no apartamento porque a porta estava destrancada.
Vídeo mostra momento em que suspeito entrou no prédio das vítimas
Reprodução
"Então a hora que eu voltei, ele já estava aqui dentro. A mãe não viu ele entrar, porque eu deixei aberta a porta, porque eu ia rapidinho e já voltava. Ele entrou. Quando fui até o meu quarto, lá no final, ele estava atrás da porta do banheiro, daí ele pegou e me torceu assim", disse a vítima à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná.
A investigação aponta, na maior parte do tempo, Glauber manteve as vítimas amarradas em um quarto. As mulheres contaram que o homem recolheu os celulares delas para impedir qualquer contato com outras pessoas, as obrigou a preencher dois cheques, além de pegar cartões bancários e as senha delas para sacar dinheiro.
Até a última atualização desta reportagem, Glauber não tinha defesa constituída.
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Vizinho encontrou bilhetes e chamou a polícia
Mãe e filha mantidas em cárcere no PR jogaram bilhetes pedindo ajuda pela sacada de apartamento
Reprodução
Mãe e filha conseguiram escrever bilhetes pedindo socorro e, de acordo com o delegado, aproveitaram para jogá-los pela sacada do apartamento quando o suspeito dormiu.
Um vizinho encontrou um dos papeis na entrada do prédio na manhã de sábado, avisou a síndica e acionou a Polícia Militar (PM-PR), que resgatou as vítimas e prendeu o suspeito em flagrante.
Em um deles, estava escrito:
"Por favor, nos ajude! Estamos em cárcere privado, eu e a minha mãe. Ajude-nos, pois não posso usar o celular! Avise a síndica! Que a polícia venha e entre pela sacada, sem alarde!".
Além de ter morado no prédio em 2023, as vítimas contaram à polícia que conheciam Glauber porque ele teve um relacionamento amoroso com uma prima delas.
Segundo o delegado, o crime teve motivação financeira.
"No interrogatório, ele relatou que estaria passando por dificuldades financeiras, que teria perdido o emprego recentemente e resolveu praticar tal conduta, uma vez que teria conhecimento de que as vítimas tinham poder aquisitivo maior", disse.
Prisão em flagrante
Mãe e filha mantidas em cárcere são salvas após vizinho encontrar bilhete
No sábado, quando a polícia chegou ao prédio, encontrou mãe e filha amarradas com abraçadeiras plásticas. Elas contaram que Glauber fugiu pulando para o apartamento vizinho, mas com o apoio de outro morador, que também é policial militar, as equipes entraram no apartamento ao lado e encontraram o suspeito, que foi preso em flagrante.
Um vídeo gravado em meio à ação policial mostra um policial soltando as vítimas enquanto uma delas conta, muito nervosa, que escreveu os bilhetes de madrugada. Veja acima.
Durante a ação, a polícia também apreendeu uma mochila contendo abraçadeiras plásticas, fitas adesivas, ferramentas, o celular de uma das vítimas e R$ 2,7 mil em dinheiro.
À RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o delegado Gustavo de Pinho informou que o suspeito passou por audiência de custódia e o juiz definiu a prisão preventiva.
"Agora, as diligências vão continuar, com o objetivo de verificar qual foi o montante de dinheiro que efetivamente ele sacou das vítimas. Ele obrigou que elas assinassem dois cheques, um no valor de R$ 8 mil e outro de R$ 50 mil, que não foram encontrados na abordagem policial", concluiu.
A Polícia Civil (PC-PR) continua investigando o caso.
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